A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (EM) estima que 40 mil brasileiros sofrem com a doença que se caracteriza por áreas de desmielinização localizada disseminadas no cérebro e na medula espinal. Os sintomas comuns são: anormalidades visuais e oculomotoras, parestesias, fraqueza, espasticidade, disfunção urinária e sintomas cognitivos leves. Tipicamente, os déficits neurológicos são múltiplos, com remissões e exacerbações, levando gradualmente à incapacidade. O diagnóstico é clínico e através de exames de imagem.
Os sintomas iniciais mais comuns da esclerose múltipla são:
parestesias em uma ou mais extremidades, no tronco, ou em um lado da face
Fraqueza ou atitude desajeitada em um membro inferior ou mão
Distúrbios visuais (p. ex., perda parcial da visão e dor em um olho em decorrência de neurite óptica retrobulbar, diplopia decorrente de oftalmoplegia internuclear, escotomas).
Por se tratar de uma condição autoimune, não existe cura para a esclerose múltipla e os pacientes que têm esse diagnóstico fazem o controle dos sintomas.
A cannabis medicinal é uma opção para auxiliar nesse controle e ajudar esses pacientes a retomarem a qualidade de vida.
Em revisão sistemática recente se observou que em cinco estudos existem evidências suficientes de que os canabinoides podem ser eficazes para sintomas de dor e/ou espasticidade na EM.
Em estudo recente, demostrou que produtos medicinais à base de cannabis podem ser opções de tratamento econômicas para espasticidade da EM e avaliações econômicas de saúde são necessários para gerar evidências clínicas e de custo-efetividade adequadas para auxiliar na alocação de recursos públicos.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Referências
Disponível em : O que é Esclerose Múltipla (EM) – ABEM | Associação Brasileira de Esclerose Múltipla , acessado em 19 de julho de 2023.
Disponível : https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-desmielinizantes/esclerose-m%C3%BAltipla-em?query=esclerose%20m%C3%BAltipla. Acessado em 19 de julho de 2023.
ERKU, Daniel; SHRESTHA, Shakti; SCUFFHAM, Paul. Cost-effectiveness of medicinal cannabis for management of refractory symptoms associated with chronic conditions: A systematic review of economic evaluations. Value in Health, v. 24, n. 10, p. 1520-1530, 2021.
NIELSEN, Suzanne et al. The use of cannabis and cannabinoids in treating symptoms of multiple sclerosis: a systematic review of reviews. Current neurology and neuroscience reports, v. 18, p. 1-12, 2018.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia, tornando-se uma das doenças neurológicas mais comuns em todo o mundo. Cerca de 70% das pessoas que vivem com epilepsia poderia viver sem crises se diagnosticadas e tratadas adequadamente.
A crise epiléptica é uma descarga elétrica anormal que ocorre no interior da substância cinzenta cortical do cérebro e interrompe temporariamente a função cerebral normal. Em geral, uma crise epiléptica produz alteração de consciência, sensações anormais, movimentos involuntários focais ou crises motoras (contrações involuntárias disseminadas dos músculos voluntários).
O manejo desta patologia será sempre multiprofissional e interdisciplinar. O tratamento medicamentoso e acompanhamento serão individualizados.
Atualmente, existem diversas alternativas medicamentosas, entre elas a cannabis medicinal, principalmente nos quadros refratários.
O tratamento adjuvante com Cannabidiol vem se destacando como uma alternativa terapêutica eficaz, o Cannabidiol tem propriedades anticonvulsivantes sem efeitos psicoativos.
O CBD adjuvante é eficaz para reduzir a frequência de convulsões em pacientes com síndrome de Lennox-Gastaut e síndrome de Dravet.
Evidências recentemente disponíveis suportam descobertas anteriores de que o Cannabidiol reduz a frequência de convulsões em crianças com epilepsia resistente a medicamentos e que é uma terapia altamente eficaz e segura para tratar pacientes adultos com epilepsia focal resistente a medicamentos A redução das convulsões a frequência é mantida ao longo do tempo.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Referências
BETTING, L. E. et al. Tratamento de epilepsia: consenso dos especialistas brasileiros. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 61, n. 4, p. 1045–1070, dez. 2003.
Disponível em : https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-convulsivos/transtornos-convulsivos?query=epilepsia , acessado em 19 de julho de 2023
ELLIOTT, Jesse et al. Cannabis-based products for pediatric epilepsy: an updated systematic review. Seizure, v. 75, p. 18-22, 2020.
Epilepsy (who.int)
Lattanzi, S., Brigo, F., Trinka, E. et al. Efficacy and Safety of Cannabidiol in Epilepsy: A Systematic Review and Meta-Analysis. Drugs 78, 1791–1804 (2018). https://doi.org/10.1007/s40265-018-0992-5
NAVARRO, Cristian Eduardo. Cannabis-based magistral formulation is highly effective as an adjuvant treatment in drug-resistant focal epilepsy in adult patients: an open-label prospective cohort study. Neurological Sciences, v. 44, n. 1, p. 297-304, 2023.
A doença de Parkinson (DP) é uma doença lentamente progressiva e degenerativa caracterizada por tremores em repouso, rigidez muscular, movimentos lentos e diminuídos (bradicinesia) e, com o tempo, instabilidade postural e/ou de marcha. O diagnóstico é clínico.
A média etária de início da doença é de aproximadamente 57 anos.
O tremor em repouso, em uma das mãos, geralmente é o primeiro sintoma. O tremor é caracterizado por:
• Ser lento e grosseiro
• Ser máximo em repouso, diminuindo à movimentação e ausente durante o sono
• Aumentar por tensão emocional ou fadiga
• Muitas vezes envolvendo o punho e os dedos da mão, às vezes envolvendo o polegar movendo-se contra o dedo indicador (rolamento de pílula), como quando as pessoas rolam uma pílula na mão ou seguram um objeto pequeno
Normalmente, as mãos ou os pés são afetados primeiro, na maioria das vezes de forma assimétrica. A mandíbula e língua também podem ser afetadas, mas não a voz. O tremor pode se tornar menos proeminente à medida que a doença evolui.
A rigidez se desenvolve de forma independente do tremor em muitos pacientes. Quando o médico movimenta uma articulação rígida, ocorrem reflexos semirrítmicos por causa das variações na intensidade da rigidez, tendo um efeito do tipo engrenagem (rigidez em roda dentada).
Os movimentos lentos (bradicinesia) são típicos na doença de Parkinson. A atividade motora repetitiva resulta em diminuição progressiva ou sustentada da amplitude do movimento (hipocinesia) e torna-se difícil iniciar o movimento (acinesia).
Os canabinóides demonstraram oferecer um importante potencial com segurança no tratamento de sintomas motores na DP e alguns sintomas não motores. São necessários mais ensaios controlados e randomizados em larga escala para formas específicas de tratamentos com canabinoides para determinar sua eficácia geral.
Em revisão sistemática recente os autores descrevem que, benefício potencial foi identificado em relação ao alívio do tremor, ansiedade, dor, melhora da qualidade do sono e qualidade de vida relacionados à DP.
Em uma revisão recente de um grupo de pesquisadores brasileiros, avaliou os dados pré-clínicos, clínicos e experiência terapêutica em DP e demências. Concluíram que, no geral os compostos canabinoides são bem tolerados e parecem ser mais seguros do que a maioria dos medicamentos psicotrópicos, mas, dada a vulnerabilidade dos pacientes com demência, eles requerem monitoramento adequado pelo clínico. Estudos clínicos mais robustos são necessários e que as prescrições de canabinoide para idosos, um princípio geriátrico, iniciar com doses baixas e com titulação mais lenta.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Disponível : https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson?query=parkinso , acessado em 19 de julho de 2023.
COSTA, Alana C. et al. Cannabinoids in Late Life Parkinson’s Disease and Dementia: Biological Pathways and Clinical Challenges. Brain Sciences, v. 12, n. 12, p. 1596, 2022.
Urbi, Berzenn et al. ‘Effects of Cannabis in Parkinson’s Disease: A Systematic Review and Meta-Analysis’. 1 Jan. 2022 : 495 – 508
VARSHNEY, Karan et al. Cannabinoids in Treating Parkinson’s Disease Symptoms: A Systematic Review of Clinical Studies. Cannabis and Cannabinoid Research, 2023.
Caracterizam-se por tristeza suficientemente grave ou persistente para interferir no funcionamento e, muitas vezes, para diminuir o interesse ou o prazer nas atividades. A causa exata é desconhecida, mas provavelmente envolve hereditariedade, alterações nos níveis de neurotransmissores, alteração da função neuroendócrina e fatores psicossociais. O diagnóstico baseia-se na história. O tratamento geralmente consiste em medicamentos, psicoterapia ou ambos e, algumas vezes, eletroconvulsoterapia ou estimulação magnética transcraniana rápida (EMTr).
Os receptores CB1 são abundantes no cérebro, em áreas responsáveis pela mediação da recompensa, como a amígdala, hipocampo e córtex orbitofrontal. O Sistema endocanabinoide (SEC) está intimamente relacionado a depressão, dependência de nicotina , dependência de álcool e possivelmente outros transtornos por uso de substâncias resultantes de transtornos de humor e ansiedade.
Fitocanabinóides e terpenos têm uma aplicação potencial para modulação do sistema endocanabinoide e do receptor 5HT1A para fornecer um efeito antidepressivo.
Em revisão sistemática sobre o uso de cannabis medicinal para distúrbios psiquiátricos, concluiu que em diversos destes distúrbios ,entre eles a depressão os resultados são promissores.
A escolha da formulação adequada para cada paciente , parece ser o principal ponto a ser observado, principalmente o fitocompomente THC merece atenção.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Referências :
Disponível :Transtornos depressivos – Transtornos psiquiátricos – Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com) , acessado em 24 de julho de 2023.
LOWE, Henry et al. The endocannabinoid system: a potential target for the treatment of various diseases. International journal of molecular sciences, v. 22, n. 17, p. 9472, 2021.
SARRIS, Jerome et al. Medicinal cannabis for psychiatric disorders: a clinically-focused systematic review. BMC psychiatry, v. 20, n. 1, p. 1-14, 2020.
Na endometriose, o tecido endometrial funcional é implantado na pélvis fora da cavidade uterina. Os sintomas dependem da localização dos implantes e podem ser dismenorreia, dispareunia, infertilidade, disúria e dor à evacuação. A gravidade dos sintomas não está relacionada com o estágio da doença. O diagnóstico é visualização direta e às vezes biópsia, geralmente por via laparoscópica.
Este problema acomete cerca de 10% das mulheres em todo mundo e afeta a fertilidade de 30% a 50% destas. No Brasil, a situação é ainda mais preocupante atingindo 15% da população feminina, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O SEC tem recentemente emergido como importante fator no desenvolvimento da endometriose, manutenção e mecanismos de dor. Participa da proliferação, sobrevivência e migração celular, que são importantes processos no quadro de endometriose.
Podendo ser utilizado como alvo farmacológico para o manejo de dor, pelos efeitos antifibróticos, antiproliferativos e por sua ação no sistema imune (ação anti-inflamatória) através da manipulação dos receptores CB1 e CB2.
Uma vez que os mecanismos da dor relacionada à endometriose podem ser divididos em 3 categorias (nociceptiva, inflamatória e neuropática), cada uma ligada ao SEC, não é surpreendente que o SEC represente um grande campo de pesquisa para o desenvolvimento de novos ferramentas terapêuticas no manejo desse transtorno.
O potencial terapêutico encontrado na Cannabis medicinal vai além do alívio da dor, com propriedades anti-inflamatórias, também auxiliando nos sintomas presentes durante algumas fases do ciclo menstrual, períodos de maior exacerbação dos sintomas relacionados à endometriose.
Por ser uma doença crônica, o tratamento atua no alívio dos sintomas. Em associação ou não aos métodos convencionais da endometriose, a cannabis medicinal se destaca, principalmente, por seus efeitos colaterais leves, além de contraindicações reduzidas.
Nesse sentido, a cannabis medicinal vem se tornando uma boa opção terapêutica no enfrentamento da doença e na garantia de qualidade de vida da paciente.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Referências
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/endometriose/endometriose?query=endometriose
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/mercado/boletim-saude-e-economia/boletim-saude-e-economia-no-11/view
Bouaziz, J., Bar On, A., Seidman, D. S., & Soriano, D. (2017). The Clinical Significance of Endocannabinoids in Endometriosis Pain Management. Cannabis and cannabinoid research, 2(1), 72–80. https://doi.org/10.1089/can.2016.0035
LUSCHNIG, Petra; SCHICHO, Rudolf. Cannabinoids in gynecological diseases. Medical Cannabis and Cannabinoids, v. 2, n. 1, p. 14-21, 2019.
Segundo a OMS, o Brasil é o país que tem o maior índice de pessoas com ansiedade no mundo.
Para o DSM V, os transtornos de ansiedade são um grupo de transtornos psicopatológicos que têm em comum uma manifestação excessiva da ansiedade.
Em maio de 2020 a Fiocruz publicou um informe cujo objetivo é “apresentar as evidências disponíveis sobre o uso de Cannabis Medicinal para transtornos mentais.”
A metodologia utilizada, foi um scoping review de revisões sistemáticas. Essa revisão e seu informe são a base do texto.
Os transtornos de ansiedade são condições crônicas e incluem síndrome do pânico, agorafobia, transtorno de ansiedade social (TAS), transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e fobias específicas, sendo associados a um fardo significativo para os indivíduos afetados, suas famílias e a sociedade, e frequentemente coocorrem com outros problemas psiquiátricos.
A utilização do Cannabidiol para fins médicos mostrou-se como uma alternativa eficaz no tratamento dos transtornos de ansiedade em pesquisa realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), ambas da USP, que constatou ter o Cannabidiol possui efeito ansiolítico, sem causar dependência, reduzindo, sobretudo, os transtornos de ansiedade.
Essa base ansiolítica do CBD é apoiada ainda por estudos de neuroimagem que associam a administração de CBD com atividade reduzida nas regiões límbicas e para-límbicas durante tarefas de processamento emocional da face.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Referências
Pan American Health Organization. The Burden of Mental Disorders in the Region of the Americas, 2018. Washington, D.C.: PAHO; 2018
RAMOS, Maíra Catharina et al. O uso de Cannabis Medicinal para transtornos mentais: evidências de eficácia e segurança. 2020.
Estudo comprova efeito do canabidiol em tratamento para ansiedade
FUSAR-POLI, Paolo et al. Modulation of effective connectivity during emotional processing by Δ 9-tetrahydrocannabinol and cannabidiol. The The International Journal of Neuropsychopharmacology, v. 13, n. 4, p. 421-432, 2010.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Ao multiplicarem-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, gerando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
Pacientes em tratamento para câncer apresentam uma série de alterações que podem ser efeitos colaterais do tratamento ou secundárias à própria doença. De dor crônica a náuseas e vômitos, estes pacientes precisam ser avaliados de forma integral.
Ainda segundo o INCA, cuidados paliativos são cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida.
O manejo dos sintomas é extremamente importante para permitir que os pacientes se adaptem aos desafios dos tratamentos do câncer, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia, além de poder melhorar o estado nutricional destes pacientes e a qualidade de vida.
Diversos artigos pré-clínicos e clínicos tem evidenciado o potencial do uso terapêutico dos canabinoides (como THC e CBD) principalmente nos sintomas como dor, vômitos e náuseas, apetite e em pacientes em cuidado paliativo, contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer – acessado em 20/05/2020.
ABRAMS, Donaldo I.; GUZMAN, M. Cannabis in cancer care. Clinical Pharmacology & Therapeutics, v. 97, n. 6, p. 575-586, 2015.
KLECKNER, Amber S. et al. Opportunities for cannabis in supportive care in cancer. Therapeutic advances in medical oncology, v. 11, p. 1758835919866362, 2019.
A insônia é a dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado. Estes episódios de insônia podem estar relacionados a vários fatores, e são bastante individuais: expectativas (viagem, compromissos, reuniões etc.), problemas clínicos, problemas emocionais passageiros, excitação associada a determinados eventos. Mas pode tornar-se crônica e provocar muito sofrimento ao longo dos anos.
Algumas pessoas apresentam maior tendência à insônia e quando expostas a condições de estresse, doenças ou mudança de hábitos, desenvolvem episódios de insônia. Estes episódios podem se prolongar por muito tempo, principalmente porque a pessoa tende a associar suas dificuldades de dormir a uma série de comportamentos: esforço para dormir, permanência na cama só para descansar, elaboração de pensamentos e planejamentos na hora de dormir, atenção às suas preocupações, atenção a fenômenos do ambiente, como ruídos e pessoas que estão dormindo, provocando sempre uma supervalorização destes fatos, o que realimenta a insônia.
No Brasil, um estudo realizado na cidade de São Paulo, observou a prevalência de insônia entre 15% e 32% na população estudada, pelos critérios polissonográficos e clínicos respectivamente.
A adoção de medidas de mudança de estilo de vida, como incluir exercícios na rotina, técnicas de relaxamento, higiene do sono melhorada, identificação e remoção de estressores deve ser sempre estimulada. Alguns pacientes também se beneficiarão de terapia psicológica.
As possibilidades de tratamento para os transtornos do sono vão variar de acordo com o tipo e severidade da alteração apresentada pelo paciente. Os canabinoides, em especial o canabidiol (CBD), têm mostrado grande potencial terapêutico nesses casos, com bom perfil de segurança e poucos efeitos colaterais.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
A dor crônica se caracteriza como uma dor contínua, que geralmente dura mais de três meses e pode continuar mesmo depois que a doença ou lesão que a causou foi curada.
As causas incluem doenças crônicas (p. ex., câncer, artrite, diabetes), lesões (p. ex., hérnia de disco, ligamento rompido) e várias doenças primárias (p. ex., dor neuropática, fibromialgia, cefaleia crônica).
Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, a dor crônica afeta entre 30% e 50% da população brasileira.
Os sintomas associados à dor crônica dependem da causa da dor, que pode ser leve, moderada ou intensa e contínua ou esporádica. Tem um grande potencial de limitar a capacidade das pessoas de retornar ao trabalho ou às atividades de lazer.
O tratamento com Cannabis medicinal pode aliviar a dor crônica destes pacientes. Os canabinoides, como CBD e THC, têm sido associados ao controle da dor. Em estudos pré-clínicos e ensaios clínicos, os canabinoides aparecem como alternativa segura no controle da dor, com menos efeitos colaterais.
O uso oral ou sublingual pode ser benéfico, mas dependendo da origem da dor, a aplicação tópica na pele também pode funcionar.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
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