A doença de Parkinson (DP) é uma doença lentamente progressiva e degenerativa caracterizada por tremores em repouso, rigidez muscular, movimentos lentos e diminuídos (bradicinesia) e, com o tempo, instabilidade postural e/ou de marcha. O diagnóstico é clínico.
A média etária de início da doença é de aproximadamente 57 anos.
O tremor em repouso, em uma das mãos, geralmente é o primeiro sintoma. O tremor é caracterizado por:
- Ser lento e grosseiro
- Ser máximo em repouso, diminuindo à movimentação e ausente durante o sono
- Aumentar por tensão emocional ou fadiga
- Muitas vezes envolvendo o punho e os dedos da mão, às vezes envolvendo o polegar movendo-se contra o dedo indicador (rolamento de pílula), como quando as pessoas rolam uma pílula na mão ou seguram um objeto pequeno
Normalmente, as mãos ou os pés são afetados primeiro, na maioria das vezes de forma assimétrica. A mandíbula e língua também podem ser afetadas, mas não a voz. O tremor pode se tornar menos proeminente à medida que a doença evolui.
A rigidez se desenvolve de forma independente do tremor em muitos pacientes. Quando o médico movimenta uma articulação rígida, ocorrem reflexos semirrítmicos por causa das variações na intensidade da rigidez, tendo um efeito do tipo engrenagem (rigidez em roda dentada).
Os movimentos lentos (bradicinesia) são típicos na doença de Parkinson. A atividade motora repetitiva resulta em diminuição progressiva ou sustentada da amplitude do movimento (hipocinesia) e torna-se difícil iniciar o movimento (acinesia).
Os canabinóides demonstraram oferecer um importante potencial com segurança no tratamento de sintomas motores na DP e alguns sintomas não motores. São necessários mais ensaios controlados e randomizados em larga escala para formas específicas de tratamentos com canabinoides para determinar sua eficácia geral.
Em revisão sistemática recente os autores descrevem que, benefício potencial foi identificado em relação ao alívio do tremor, ansiedade, dor, melhora da qualidade do sono e qualidade de vida relacionados à DP.
Em uma revisão recente de um grupo de pesquisadores brasileiros, avaliou os dados pré-clínicos, clínicos e experiência terapêutica em DP e demências. Concluíram que, no geral os compostos canabinoides são bem tolerados e parecem ser mais seguros do que a maioria dos medicamentos psicotrópicos, mas, dada a vulnerabilidade dos pacientes com demência, eles requerem monitoramento adequado pelo clínico. Estudos clínicos mais robustos são necessários e que as prescrições de canabinoide para idosos, um princípio geriátrico, iniciar com doses baixas e com titulação mais lenta.
Todos esses e outros sintomas devem ser avaliados por um profissional médico qualificado, em consulta médica, para um melhor esclarecimento do quadro e definição, junto ao paciente, das melhores opções de tratamento.
Disponível : https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson?query=parkinso , acessado em 19 de julho de 2023.
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